JUNHO
Junho abre a porta
para que a tarde entre
com sua longa sombra
e o inverno se anuncie
como se para sempre
Junho deixa a janela
a lua branca mais bela
prêmio aos que espiam o frio
que no forte do seu cio
já assopra nos caminhos
Se por acaso chove
e luz ou lua não há
pensa que a poesia existe
para te consolar
te deixar menos triste
até para te mentir
e te dizer que junho
ou qualquer mês
é o que na alma sentir
MIRANDA, Luiz de. Livro dos meses. São Paulo: FTD, 1997. (Coleção falas poéticas). p. 17.
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